Momento de histeria e pensamentos completamente desconexos:
Fear it like hell and, then, tell the others you did not.
Hoje (25/05) eu fui encontrar com uma amiga pra entregar os produtos Avon dela e, por conta de coisas muito estressantes que aconteceram comigo na noite anterior, quis muito, desejei com toda a minha força, dar um passeio pela orla. Como minha amiga mora na Taquara, e como o namorado ia comigo até lá, resolvi dar um passeio pelo Barra Shopping ou então pela praia da Barra. Acabei escolhendo o shopping, por ser mais perto e me dar a mesma sensação do que a praia - distanciamento da realidade, sensação de vento na cara (o que me faz parar pra pensar que as coisas nunca ficam paradas, estão sempre em constante movimento, e isso me acalma) e uma visão monotonamente diferente da usual - monótona, sim, porque não importa pra onde você vá neste "Rio de Janeiro, Fevereiro e Março", sempre haverão pessoas andando pra lá e pra cá e correndo de si mesmas pra onde quer que elas vão... e ver isso todos os dias, em qualquer lugar, é algo monótono. Eu acho.
No entanto, pro bem de uma parte e pra irônica felicidade geral da nação, o Governador mandou dizer a eles que o RioCard não fica. I mean, o governo estadual tomou vergonha na cara e contratou alguém pra fiscalizar os RioCards. Resultado: ele tá descadastrando todo mundo que já concluiu os estudos e que continua com o cartão ativo. Os colégios da rede federal foram os primeiros a ter seus cartões cortados, e como o namorado era do CP II, good-good bye-bye; os cartões da rede estadual estão programados para serem cortados após a instalação do ponto eletrônico (o que, entre outras coisas, CONTROLARÁ toda a vida escolar. malditos, isso é anticonstitucional... mas deixa isso pra lá, é assunto de outro post).
O que realmente importa é que eu quis com todas as minhas forças ir pro shopping, pra orla, pra copa... qualquer lugar onde eu me sentisse LIVRE. Perdida e livre. Solta e livre. Qualquer lugar onde eu pudesse ser eu mesma e fazer quase tudo o que quisesse: me jogar na água de jeans, se eu quisesse; falar qualquer bobagem, se eu quisesse; contar minha vida pessoal pra qualquer um, se eu quisesse - e ainda esperar uma resposta inesperada. Mas, como o cartão do namo foi cortado, fiquei com receio de gastar demais, e não fui (ok, admito, tbm porque ele não se animou muito com a ideia. Aliás, eu, como sempre, escondendo muito bem o que sinto e o que não... realmente to ficando mestra nisso).
Pretendia ir amanhã pra Copacabana e matar aula na Uerj, mas eu tenho a entrega de uma prova e a revisão de outra, não posso me dar o luxo de me foder na prova desta quinta-feira. Mas a verdade é que eu bem queria esquecer que merdas podem acontecer e parar de pensar num futuro que talvez nem exista... mas aí eu fico me perguntando: por que tudo sempre dá errado pra mim? Por que sempre que eu acho que a vida tá indo bem e que eu encontrei o que procurava... porque sempre acontece algo pra virar minha vida de cabeça pra baixo?
Não que isso esteja acontecendo, mas nós dois sentimos que pode acontecer... e realmente, as porcentagens são altas. Juro que tento não pensar nas possibilidades, mas às vezes é muito difícil. Te cobram de todos os lados para que você volte à realidade, então como tentar esquecer tudo se enclausurando num côco à beira-mar? O jeito é você enfrentar essa coragem com toda a covardia que você conseguir e berrar demônios a todos os anjos do céu, tentando falidamente fazê-los acreditar na mentira mais mal-lavada que você poderia inventar: "Eu não tenho medo!".
Mas é exatamente como tudo deveria ser, todos deveríamos não ter medo de nada e não demonstrar nossa própria realidade. Isso só deixa as pessoas mais preocupadas e a verdade é que é um puta egoísmo deixar os outros preocupados por puro MEDO. Se ainda fosse algo que valesse a pena... (morte? doença? não, nada disso, isso gera medo nas pessoas, e deixá-las preocupadas com isso é futilidade) mas nem é! É apenas fútil. Então o jeito é esse mesmo: sorrir como se lhe tivessem contado uma piada, amedrontar-se como se tivesse visto o cramulhão e depois contar a todos que foi canonizado São Jorge do século 21. Sem preocupações, sem futilidades, apenas sol, praia e mar.
E a sombra, sempre, pra onde quer que você vá. É o infeliz único vestígio que me resta da minha mentira bem contada. Felizmente, sombras são mudas. E Inês é morta.
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Nossa, acho que tudo isso só tem um nome.. AMADURECIMENTO.
ResponderExcluirAcho que é dificil crescer, as coisas realmente mudam de uma só vez, e sempre da maneira que nao esperávamos..
E temos que aprender a lidar com isso..
Mas um parque, um passeio, sempre alivia essas tensões..
=***
Que tudo fique bem!!