Estava há alguns dias pensando em escrever sobre sucesso, que ele pode ser de várias formas, pode variar de pessoa pra pessoa, etc. O sucesso de um bancário (casa, comida e roupa lavada), por exemplo, não é o mesmo de um estagiário (miojo na janta e dinheiro pro bandejão do dia seguinte). O sucesso de um artista (fama e papparazzi) não é o mesmo de um ilustre desconhecido (fechar o mês sem dívidas). E eis que me aparece a grande festa de Hollywood, a premiação máxima do cinema internacional, não para voltar nossos olhos para o que é sucesso, mas sim para nos fazer pensar até onde queremos lutar para conquistar o que ele significa para nós.
Assisti a cobertura do Oscar 2013 ontem pela Globo e, de longe, considero como a melhor festa da Academia até agora. Algumas indicações foram incríveis, premiações que eu não pensei que fossem acontecer e me surpreenderam e Michelle Obama arrasando demais, tanto no look quanto na leitura do prêmio mais importante da noite. Apesar da péssima cobertura da Globo, com uma apresentadora que atropelava a intérprete e não deixava os telespectadores entenderem nem o que ela apresentava nem o que a intérprete falava, a festa em si foi muito proveitosa.
Sobre as premiações, achei todas muito válidas, exceto a de melhor atriz, pois foi um tanto quanto injusta. Estavam competindo na mesma categoria Quvenzhane Wallis (atriz mirim de 5 anos estreante em "Indomável Sonhadora"), Jessica Chastain, Jennifer Lawrence, Naomi Watts (todas na faixa de 20~35 anos) e Emmanuelle Riva. A atriz de "Amour" saiu levando a melhor: atriz experiente, tem anos de estrada e 86 de vida. Quvenzhane merecia o prêmio de melhor atriz por ser a grande revelação deste ano. "Indomável Sonhadora" é um filme muito bonito e a atuação da menina é espetacular. Entretanto, é impossível comparar uma atriz consagrada com uma iniciante, especialmente se elas têm 80 anos de diferença. Deixo meu questionamento se não seria interessante a criação de um prêmio para melhor atriz ou astro mirim. Afinal, para uma criança o sucesso não é a mesma coisa do que para um adulto: ela não espera a consagração do Oscar, ela só espera a festa, a brincadeira, contar para os amiguinhos como foi estar lá no palco. Os adultos parecem se preocupar demais com a roupa que vestirão na cerimônia, os contatos que podem ser feitos após a premiação, o lugar que a estatueta ocupará quando retornarem à casa... são sucessos diferentes dentro de um mesmo sucesso. Não acredito que o prêmio deveria ser o mesmo, então.
Adele levou o prêmio pela melhor música original, mas já era de se esperar, né? Tarantino também saiu orgulhoso, mas eu também já esperava que "Django Livre" ganhasse alguma coisa. "Anna Karenina" arrebentou no figurino e mereceu a estatueta. E o melhor filme foi para "Amor", mas eu teria dado para "As Aventuras de Pi", que, para mim, foi um dos melhores filmes do último ano. Espantou o fato de "Abraham Lincoln - Caçador de Vampiros" não estar entre os indicados ao Oscar, provavelmente pela indicação de "Lincoln", que foi o grande fiasco da festa: 12 nomeações e apenas 2 estatuetas. O musical "Les Misérables" tem sido alvo de críticas do outro lado da tela, mesmo de amantes do gênero, mas a idéia de um filme cujas falas são cantadas foi bem interessante, apesar de tedioso (mas eu não gosto de musical, então minha opinião não conta! rsrsrs).
Agora, o que me intriga é que, muitas vezes, o sucesso vem junto com a moda. Aquela velha história de que sucesso = dinheiro = poder. Eu não sou expert em moda, com certeza se algum estilista estiver lendo isso, possa ter uma síncope nervosa, mas alguns conceitos são globais: como dar mais vida a alguma região do corpo que você goste, como afinar ou dar mais curvas ao corpo, como chamar mais atenção para o make ou para o sexual healing do scarpin. E toda festa tem seus erros e acertos. Então eu fiz um balanço do "sucesso" de alguns dos vestidos deste Oscar. Todas as fotos foram pegas do site Oscar Go.
Arrasou!
A escolha do modelo foi excelente: Aniston é uma atriz muito magra, então não fica legal marcar demais as curvas para não parecer esquelética. Além disso, o corte do vestido ficou lindo nela: marcado até a cintura e depois mais aberto, dando leveza ao andar. A cor dá ênfase ao tom de pele e ainda combina super com o tapete vermelho! A maquiagem leve não chamou muita atenção, justamente para que o foco fosse no trabalho de Valentino. Senti falta de algum colar simples pra dar uma levantada no colo, mas, no geral, o look ficou perfeito! Nota 10.
Ela, por si só, já é uma negra linda! O tom de pele entre o mulato e o negro permite diversas combinações de cores, a maioria para fazer dela uma real femme fatale. Mas a escolha de ontem à noite foi divina: um vestido preto de veludo, que já é chiquérrimo sozinho, com uma gola dourada phyna demais. Marcou bem as curvinhas lindas do corpo de Hayek, deu um ar elegante sem parecer uma árvore de Natal e combinou super com o tom de pele. Nota 10!
Poderia ter tido mais sucesso...
Diz a lenda que nem tudo que é caro é bom, né? Pois é. Tudo bem que o diabo vista Prada, mas Hathaway foi secretária dele, esteve junto com Gisele Bündchen; deveria ter aprendido algumas coisas. As mulheres americanas são muito brancas, é um branco diferente das mulheres brasileiras, então há que ter cuidado ao utilizar o nude. Esse vestido, por exemplo, deixou a Hathaway parecendo nua, com um pouco de óleo hidratante no corpo devido ao brilho do vestido (que estava elegantérrimo, sem dúvidas). A Hathaway poderia ter aprendido com a Livia Marini, de Salve Jorge (Globo, 21h), e apostado em algum tom mais fechado da mesma cor ou em outras cores que destacassem mais o branco de sua pele.
Fica a mesma dica anterior pra Lawrence quanto à cor do vestido e o tom da pele, mas a elegância está garantida. Ela apostou em um modelo que não marcasse tanto o corpo, mas que desse mais volume, e foi um arraso. Acho que o nervosismo de subir ao palco para pegar a estatueta foi tão grande que ela esqueceu de levantar o vestido e... POFT! Caiu com tudo na escada. Bem humorada, levou o ocorrido na brincadeira. Até pra cair a danada é elegante!
O que eu penso é que, independentemente de elas terem dinheiro, fama e glamour, alguns gostos duvidosos para roupas ou palpites às vezes bem certeiros, todas elas têm em comum o sucesso. Não como um sucesso que requer fama. Não! Algo maior do que isso. Sucesso interno, aquele que faz a gente olhar pra trás e dizer que valeu a pena todo o esforço, algo de que elas se orgulhem. Aquele sucesso que leva a gente exatamente aonde queremos ir, que independe de fotógrafos ou microfones, que não tem a ver com dinheiro, mas sim com nossa felicidade. Aquele sucesso que arranca sorrisos por acordamos mais um dia para trabalharmos naquilo que gostamos. Se for para ganhar uma grana boa com isso, melhor ainda! Mas, acima de tudo, o sucesso traz felicidade. E é isso que nos impulsiona a ser, cada vez mais, cobiçados pelo mercado.
Afinal, sucesso financeiro e sucesso pessoal são dois tipos de sucesso diferentes, mas eles podem se complementar. Aliás, eles devem se complementar se o foco for a obtenção de sucesso financeiro. Nada nessa vida passa por cima da nossa felicidade - e se passar, é certo que um dia cai. Ela deve ser o início de toda e qualquer motivação de trabalho. O resto é conseqüência do quanto gostamos e nos esforçamos naquilo que escolhemos.
A todas as estatuetas, parabéns! Vocês fizeram por merecer.
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Assisti a cobertura do Oscar 2013 ontem pela Globo e, de longe, considero como a melhor festa da Academia até agora. Algumas indicações foram incríveis, premiações que eu não pensei que fossem acontecer e me surpreenderam e Michelle Obama arrasando demais, tanto no look quanto na leitura do prêmio mais importante da noite. Apesar da péssima cobertura da Globo, com uma apresentadora que atropelava a intérprete e não deixava os telespectadores entenderem nem o que ela apresentava nem o que a intérprete falava, a festa em si foi muito proveitosa.
Sobre as premiações, achei todas muito válidas, exceto a de melhor atriz, pois foi um tanto quanto injusta. Estavam competindo na mesma categoria Quvenzhane Wallis (atriz mirim de 5 anos estreante em "Indomável Sonhadora"), Jessica Chastain, Jennifer Lawrence, Naomi Watts (todas na faixa de 20~35 anos) e Emmanuelle Riva. A atriz de "Amour" saiu levando a melhor: atriz experiente, tem anos de estrada e 86 de vida. Quvenzhane merecia o prêmio de melhor atriz por ser a grande revelação deste ano. "Indomável Sonhadora" é um filme muito bonito e a atuação da menina é espetacular. Entretanto, é impossível comparar uma atriz consagrada com uma iniciante, especialmente se elas têm 80 anos de diferença. Deixo meu questionamento se não seria interessante a criação de um prêmio para melhor atriz ou astro mirim. Afinal, para uma criança o sucesso não é a mesma coisa do que para um adulto: ela não espera a consagração do Oscar, ela só espera a festa, a brincadeira, contar para os amiguinhos como foi estar lá no palco. Os adultos parecem se preocupar demais com a roupa que vestirão na cerimônia, os contatos que podem ser feitos após a premiação, o lugar que a estatueta ocupará quando retornarem à casa... são sucessos diferentes dentro de um mesmo sucesso. Não acredito que o prêmio deveria ser o mesmo, então.
Adele levou o prêmio pela melhor música original, mas já era de se esperar, né? Tarantino também saiu orgulhoso, mas eu também já esperava que "Django Livre" ganhasse alguma coisa. "Anna Karenina" arrebentou no figurino e mereceu a estatueta. E o melhor filme foi para "Amor", mas eu teria dado para "As Aventuras de Pi", que, para mim, foi um dos melhores filmes do último ano. Espantou o fato de "Abraham Lincoln - Caçador de Vampiros" não estar entre os indicados ao Oscar, provavelmente pela indicação de "Lincoln", que foi o grande fiasco da festa: 12 nomeações e apenas 2 estatuetas. O musical "Les Misérables" tem sido alvo de críticas do outro lado da tela, mesmo de amantes do gênero, mas a idéia de um filme cujas falas são cantadas foi bem interessante, apesar de tedioso (mas eu não gosto de musical, então minha opinião não conta! rsrsrs).
Agora, o que me intriga é que, muitas vezes, o sucesso vem junto com a moda. Aquela velha história de que sucesso = dinheiro = poder. Eu não sou expert em moda, com certeza se algum estilista estiver lendo isso, possa ter uma síncope nervosa, mas alguns conceitos são globais: como dar mais vida a alguma região do corpo que você goste, como afinar ou dar mais curvas ao corpo, como chamar mais atenção para o make ou para o sexual healing do scarpin. E toda festa tem seus erros e acertos. Então eu fiz um balanço do "sucesso" de alguns dos vestidos deste Oscar. Todas as fotos foram pegas do site Oscar Go.
Arrasou!
Jennifer Aniston - Vestido: Valentino
A escolha do modelo foi excelente: Aniston é uma atriz muito magra, então não fica legal marcar demais as curvas para não parecer esquelética. Além disso, o corte do vestido ficou lindo nela: marcado até a cintura e depois mais aberto, dando leveza ao andar. A cor dá ênfase ao tom de pele e ainda combina super com o tapete vermelho! A maquiagem leve não chamou muita atenção, justamente para que o foco fosse no trabalho de Valentino. Senti falta de algum colar simples pra dar uma levantada no colo, mas, no geral, o look ficou perfeito! Nota 10.
Adele - Vestido: Jenny Packham
Escolha perfeita, sem marcar demais o corpo mais "volumoso" da cantora e dando ênfase total para seu tom de pele e pro cabelo. Os pequenos pontos de luz deram um ar mais festivo ao vestido preto básico, bom em toda ocasião. Maquiagem marcando os olhos - lindos - e dando ênfase ao vestido. Arrasou. Nota 10!
Halle Berry - Vestido: não informado
A atriz apostou no retrô, as formas quadradas com ombreiras deram um charme ao visual e mostraram que a atriz anda antenada na moda! O preto básico foi melhorado com tons de dourado e prateado, que deram um charme todo especial. Sensual, indicando o "caminho da felicidade" no colo, e com marcações sutis ao longo do corpo, deu uma silhueta fina e sofisticada.
Kerry Washington - Vestido: Miu Miu
O vestido mais fofo da noite. O rosa salmão ficaria muito claro para a pele dela, mas a parte de cima do vestido, com brilho, deu todo um charme e chamou mais atenção para o colo da atriz. A marcação do vestido está muito bonita, elegante e sensual. Continuo sentindo falta de um colarzinho simples, um pontinho de luz que seja, e acho que os lábios poderiam estar melhor marcados. Nota 8!
Octavia Spencer - Vestido: Tadashi Shoji
De longe, o MELHOR dos vestidos. Dá uma suavizada nos seios, que são grandes e não precisam de mais atenção, e afina a silhueta dando leveza ao caminhar, contrasta perfeitamente com o tom de pele e os brincos. Praticamente sem brilho, Spencer mostrou que não é necessário sair como um diamante ambulante para ser elegante e notada. Nota 10!
Helena Bonham Carter - Vestido: não informado
No maior estilo Bellatrix Lestrange, Carter abalou Bangu com um vestido lindo, seguindo a tendência rebelde do rock que veio com tudo na última estação. O preto bem escuro em cima contrastou muito bem com a pele branca e o branco embaixo deu suavidade à marcação dark. O detalhe do colar ficou um charme. Nota 10!
Salma Hayek - Vestido: não informado.
Ela, por si só, já é uma negra linda! O tom de pele entre o mulato e o negro permite diversas combinações de cores, a maioria para fazer dela uma real femme fatale. Mas a escolha de ontem à noite foi divina: um vestido preto de veludo, que já é chiquérrimo sozinho, com uma gola dourada phyna demais. Marcou bem as curvinhas lindas do corpo de Hayek, deu um ar elegante sem parecer uma árvore de Natal e combinou super com o tom de pele. Nota 10!
Poderia ter tido mais sucesso...
Anne Hathaway - Prada
Diz a lenda que nem tudo que é caro é bom, né? Pois é. Tudo bem que o diabo vista Prada, mas Hathaway foi secretária dele, esteve junto com Gisele Bündchen; deveria ter aprendido algumas coisas. As mulheres americanas são muito brancas, é um branco diferente das mulheres brasileiras, então há que ter cuidado ao utilizar o nude. Esse vestido, por exemplo, deixou a Hathaway parecendo nua, com um pouco de óleo hidratante no corpo devido ao brilho do vestido (que estava elegantérrimo, sem dúvidas). A Hathaway poderia ter aprendido com a Livia Marini, de Salve Jorge (Globo, 21h), e apostado em algum tom mais fechado da mesma cor ou em outras cores que destacassem mais o branco de sua pele.
Jennifer Lawrence - Vestido: não informado
Fica a mesma dica anterior pra Lawrence quanto à cor do vestido e o tom da pele, mas a elegância está garantida. Ela apostou em um modelo que não marcasse tanto o corpo, mas que desse mais volume, e foi um arraso. Acho que o nervosismo de subir ao palco para pegar a estatueta foi tão grande que ela esqueceu de levantar o vestido e... POFT! Caiu com tudo na escada. Bem humorada, levou o ocorrido na brincadeira. Até pra cair a danada é elegante!
Kristen Stewart - Vestido: não informado.
Será que ela ficou com tanta dúvida na escolha do vestido quanto na escolha do namorado? Primeiro, a velha história do nude quase da mesma cor da pele, deixando a pessoa, literalmente, nua. Segundo, ela tem um corpo legal e esse tubete não exaltou as partes bonitas dele. Os espaços entre as marcações de renda deram uma afinada na silhueta, mas ao mesmo tempo a renda deu um pouco mais de corpo. Se ela tivesse ido de Bella, talvez fizesse mais sucesso.
Melissa McCarty - Vestido: David Meister Signature
A cor está excelente, o cabelo à la Adele também ficou show e a maquiagem também está muito bonita. Esse detalhe preto brilhoso do vestido cinza fosco está muito elegante também, mas a escolha do modelo não foi feliz. Com preguinhas nele, a intenção é marcar o corpo, e quando temos um corpo mais "cheinho", a melhor opção é suavizar as curvas. O vestido suavizou bastante os seios, mas a cintura e o quadril ficaram muito marcados, além de criar um "papo" na altura das axilas e dar a impressão de que a atriz é mais gordinha do que aparenta. Acho que o vestido teria ficado mais bonito na Stewart. McCarty deveria sair mais com a Spencer para fazer compras.
O que eu penso é que, independentemente de elas terem dinheiro, fama e glamour, alguns gostos duvidosos para roupas ou palpites às vezes bem certeiros, todas elas têm em comum o sucesso. Não como um sucesso que requer fama. Não! Algo maior do que isso. Sucesso interno, aquele que faz a gente olhar pra trás e dizer que valeu a pena todo o esforço, algo de que elas se orgulhem. Aquele sucesso que leva a gente exatamente aonde queremos ir, que independe de fotógrafos ou microfones, que não tem a ver com dinheiro, mas sim com nossa felicidade. Aquele sucesso que arranca sorrisos por acordamos mais um dia para trabalharmos naquilo que gostamos. Se for para ganhar uma grana boa com isso, melhor ainda! Mas, acima de tudo, o sucesso traz felicidade. E é isso que nos impulsiona a ser, cada vez mais, cobiçados pelo mercado.
Afinal, sucesso financeiro e sucesso pessoal são dois tipos de sucesso diferentes, mas eles podem se complementar. Aliás, eles devem se complementar se o foco for a obtenção de sucesso financeiro. Nada nessa vida passa por cima da nossa felicidade - e se passar, é certo que um dia cai. Ela deve ser o início de toda e qualquer motivação de trabalho. O resto é conseqüência do quanto gostamos e nos esforçamos naquilo que escolhemos.
A todas as estatuetas, parabéns! Vocês fizeram por merecer.
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