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13 de mai. de 2013

"Desconstruindo Amélia"

Só amor não enche barriga. É tempo de prioridades. A vida está rápida, o calendário passa cada vez mais depressa. Ainda ontem era Natal; hoje já é quase metade do ano. E o que você fez da vida enquanto isso? Começou algum projeto que pretendia? Concluiu algum projeto antigo? Conseguiu fazer pelo menos metade das metas que desejou até o fim do ano? Porque já estamos rumo à metade do ano e deixar tudo pra cima da hora é muito estressante, tem grandes chances de dar errado ou não sair exatamente como o planejado. Amou um pouco? A todo momento ou nas horas vagas?

Se só amor enchesse barriga, eu não teria saído da casa de mãe, dos braços do namorado e do aconchego dos meus gatos e cachorros. Eu não teria me aventurado no mundo, não ligaria muito para minhas notas altas, não precisaria sair correndo atrás de contatos e não me preocuparia com dinheiro. Só o amor bastaria e todo o resto seria conseqüência.

Mas isso tudo eu faria em um mundo ideal, cor-de-rosa, num castelo de princesa. Pessoas que já têm tudo podem optar pelo amor acima de tudo. Pessoas que não têm nada precisam ter prioridades, pelo menos em um momento da vida. Ou ama, ou vive. Só amor não é capaz de fazer brotar dinheiro, não consegue ainda fazer almoço nem janta, muito menos alimentar o cachorro. É que sem comida nenhum amor dura muito tempo. Inanição mata. O problema do amor é que ele faz a gente achar que pode tudo só porque ama, como se o amor estivesse mesmo acima de todas as coisas.

O bom do amor é quando ele impulsiona as pessoas, quando ele faz com que uma pessoa olhe pra outra, inspire-se nela e queira voar tão alto quanto ou até mesmo mais. Não digo que a parte boa é quando têm essa vontade de forma invejosa, mas sim quando esta vontade é um plus. Aí, sim, o amor enche barriga, porque aí dá condições para que as duas pessoas (ou três, quatro, dependendo do relacionamento que tiverem...) possam seguir suas vidas de forma plena, cada uma em seu caminho, mas as duas no mesmo foco. Aí o amor é lindo, cor-de-rosa, porque serve para unir, inspirar, evoluir, potencializar resultados. O amor só não enche barriga quando apenas uma parte dele luta por independência (do amor, digo) enquanto a outra permanece deixando-o em estado de stand-by, nesta condição de amor que não potencializa, que não participa de evolução, que não inspira. Esta condição de amar simplesmente porque é lindo, porque ama. 

A vida é feita de prioridades. E amor de verdade respeita e entende essas prioridades. É por isso que eu escolhi correr atrás das minhas, morar temporariamente longe das pessoas que eu amo para que eu possa evoluir um pouco, tanto profissional quanto pessoalmente. Não acho que eu esteja fazendo errado, e nem acho que todos tenham que fazer o que fiz. Cada um sabe a prioridade que tem e as coisas que precisa fazer para realizar as evoluções em si mesmo e potencializar o que é necessário. Com amor isso fica mais fácil, conseguimos focar mais nos nossos objetivos. Se as duas partes estiverem em uníssono, fica ainda mais bonito o resultado final. Mas basta um descompasso pro amor se tornar chave para uma série de problemas, o que desconstrói a figura romântica do amor. Se bem que a figura romântica do amor varia de acordo com o uso que fazemos dele. Afinal, só amor não enche barriga, né?



p.s.: Não estou entrando nos méritos deste post aqui. Percebam que não estou falando nada sobre economia. Por favor, não confundam as coisas. Estou falando do amor enquanto sentimento, da evolução de cada um enquanto seres humanos por intermédio do amor - ou sua estagnação por não deixar o amor fluir tanto quanto ele próprio quer.

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8 de mai. de 2013

"Loving you is easy 'cause you're beautiful"

"Amar você é fácil porque você é bonito(a)", mas seria mais fácil ainda se uma das partes fosse rica. Ou mão de vaca. Transcrevo abaixo um texto que um colega de Twitter (@Nickbhz) postou e que eu achei sensacional. Um cálculo simples mostrando que - não! - o amor não faz bem pras finanças. Ele pode ser lindo e romântico na prática, na teoria, na foto, mas não no bolso.

Após acompanhar todo o raciocínio, e sabendo que se trata de um texto com base em um relacionamento homossexual entre dois homens (que, obviamente, gastam muito menos do que qualquer mulher), fico pensando que eu já devo ter bebido, comido, alisado ou dado de comissão a vendedoras diversas cerca de 2 apartamentos na Vieira Souto, uma das áreas mais nobres do Rio de Janeiro, após quase 5 anos de relacionamento com meu atual noivo. 

P.S.: o texto tem leves alterações de ordem estética, apenas. Seu estilo de escrita foi transcrito na íntegra. Por se tratar de um texto publicado no Twitter, micro-blog com restrição quanto à quantidade de caracteres por post, algumas abreviações foram necessárias para encurtar o número de caracteres.


"Eu tarra comentando com um coleguinha de firma hoje: namorar sai caro. 


-Você namora?

-Não
-Por que?
-Porque não tenho dinheiro. Namorar sai caro. É caro principalmente para os gays. Supunhetemos que o casal seja mais caseiro e curta um programa a sós. (...) Aí que você combina de fazer algo "simples" com o mozão. Cinema é considerado um programa simples. Você paga os ingressos+pipoca+refrigerante. Só aí já se foram 50 Dilmas. Fora o transporte. Se for de táxi isso vira uma fortuna. Mas aí imagina que, ao sair do cinema, você e seu mozão ficam com fome. Vou usar o McDonald's como cálculo. Duas promoções do CBO = D$ 36,00. Total da noite: 86 Dilmas. E olha que ainda é sexta-feira. Aí no sábado tem o aniversário de um amigo numa boate. Você e seu mozão não podem deixar de ir. D$35 [Dilmas] a entrada, mesmo com nome na lista. Se os dois economizarem muito, dá pra fechar a conta da boate em D$70 pra cada. + 140 Dilmas na farrinha do fds. Ainda falta o domingo. Você não vai querer voltar da balada com seu mozão de ônibus. Aí vem o táxi. Mais R$30,00. 



Vamos fazer uma conta parcial? R$256,00 em dois dias. Mas o fim de semana do casal ainda não acabou. 


O que fazer no domingão com o seu mozão? Supunhetemos que o casal faça aquelas "coisas de gente grande", aos domingos. Pra onde eles vão? Motel, claro. Por mais lindo que o casal seja, não há amor que resista a um motel de centro de cidade. Leve seu mozão para uma suíte melhorzinha, né? Aí você escolhe aquele motel melhorzinho. Não é o mais caro da cidade, mas também não é aquele muquifo que tem até pulga no colchão. A suíte standard custa R$80,00, a presidencial, R$200. Vocês escolhem a mais barata. Para evitar o constrangimento de entrar no motel a pé, o casal pega um táxi só para isso. R$20,00. O casal já gastou muito durante o fds e combinam de não pegar nada na geladeira. Se quiser beber água, eles vão beber da banheira. O táxi para voltar pra casa sai mais caro por causa da distância. Coloque aí mais uns R$40,00. 


Em um final de semana, o casal gastou R$396,00. Se repetisse o roteiro nos quatro fds do mês, o casal gastaria R$1584,00. Olha que eu não coloquei outros gastos como: salão para ficar bonito para seu mozão, roupas, presentinhos para o mozão, conta do celular... 


Imagina que o casal, no meio da correria da rotina, resolve se encontrar no meio da semana para um almoço.Uma pesquisa da FGV, se não me engano, mostrou que o preço médio dos Pratos Feitos é de R$15,00. Vou usar o PF para calcular. Mais 30 reais de almoço. Aí é aniversário do mozão, você vai comprar algo pra ele. O brasileiro gasta de R$150,00 a R$300,00 com presentes de aniversário. Vou calcular com 200. Se o seu mozão resolver fazer uma recepção para os amigos, antes de gastar mais grana com a festa, você gasta com você. Você vai ao shopping, compra roupa nova para a festa, vai ao salão esticar o bombril e ao supermercado comprar coisas da festinha. Você gasta mais uns 80 reais no salão, 200 no shopping e 300 com a festinha dele. 


Você já gastou 2394 Dilmas com coisinhas, só porque você começou a namorar.
Amor é prejuízo para o coração, para a mente, para o corpo e para o bolso. Esse valor gasto nunca mais será recuperado, desmentindo qualquer um que disser que amor é investimento."

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